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DENGUE EM MINAS

MG: médicos suspeitam que morte de adolescente esteja ligada à dengue grave

Paciente deu entrada na UPA Divinópolis nessa sexta-feira. Amostras de sangue foram encaminhadas para a Funed

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A morte de um adolescente de 14 anos acendeu a suspeita para a possibilidade de dengue grave em Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais. O paciente foi internado na Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto Cordeiro Martins, nessa sexta-feira (7/2), com febre alta, dores intensas pelo corpo, náuseas e manchas na pele. Amostras de sangue foram encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) para confirmação da causa do óbito. 

De acordo com informações readas pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS-URG Oeste), o quadro de saúde do jovem foi considerado grave logo no momento de issão na unidade de saúde. Ele foi encaminhado para a Sala de Urgência, onde recebeu os primeiros atendimentos médicos, mas foi necessária sua transferência para o Complexo de Saúde São João de Deus, na mesma cidade. 

No entanto, antes que uma Unidade de e Avançado (USA), do Samu, chegasse ao local, o estado de saúde do paciente se agravou, e seu transporte teve que ser interrompido. Durante o tratamento emergencial, o jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória. “A equipe médica empenhou-se em manobras de ressuscitação por mais de uma hora, sem sucesso. O óbito foi declarado pelo médico plantonista”, informou o consórcio por meio de nota. 

Ainda de acordo com a unidade de saúde, exames laboratoriais indicaram queda “significativa” no número de plaquetas do paciente. Aliado a isso, outras alterações nos resultados apontaram para compatibilidade com um possível quadro de dengue grave, estágio mais severo da infecção antes conhecido como “dengue hemorrágica”. 

“A diretoria da UPA Divinópolis lamenta profundamente a perda e se solidariza com os familiares, amigos e entes queridos do adolescente neste momento de dor. Reforça a importância da colaboração da população no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. Medidas simples, como eliminar recipientes com água parada, podem salvar vidas”, concluiu o consórcio. 

Prevenção segue sendo a melhor arma

Neste sábado (8/2), a Prefeitura Municipal de Divinópolis adotou novas medidas para fortalecer o combate às arboviroses. As ações foram tomadas após resultados do último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), que apontou possibilidade de aumento nos casos da doença. 

Conforme o Executivo Municipal, agora, os agentes de endemias deverão realizar, no mínimo, 25 visitas diárias para receber integralmente o auxílio deslocamento. Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde está ampliando o número de mutirões de limpeza nos fins de semana, abrangendo mais bairros em menos tempo.

“O número de visitas será apurado diariamente, garantindo constância e eficácia nas ações de combate ao Aedes Aegypti [...] A alteração elimina a possibilidade de acumulação de visitas em determinados dias, uma prática que, devido à média apurada, permitia que alguns dias tivessem um número menor de visitas”, apontou a prefeitura. 

Cenário das arboviroses

Depois de confirmar os primeiros dois óbitos por dengue, em 2025, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais investigava, até a sexta-feira (7/1), outras 16 possíveis mortes pela doença. Em oito dias, os casos confirmados da arbovirose cresceram 46,26%. Em 31 de janeiro, conforme o de monitoramento das doenças emitido pelo Governo de Minas, 5.812 contaminações estavam confirmadas. Já nessa sexta-feira, as notificações positivas saltaram para 8.499.

De acordo com a SES-MG, as mortes por dengue aconteceram no Triângulo Mineiro. A primeira paciente tinha 87 anos e morava em Iturama. Os sintomas começaram em 3 de janeiro, e o óbito foi registrado cinco dias depois. Ela tinha comorbidade.

O segundo registro se trata de outra mulher, de 82 anos, moradora de Uberlândia. Os sintomas começaram em 5 de janeiro, e o óbito foi registrado no dia 13 do mesmo mês. 

Em relação ao vírus sika, segundo o boletim epidemiológico da doença, divulgado pelo Executivo Estadual na segunda-feira (3/2), há um caso confirmado da doença em Minas Gerais. Além disso, outros quatro casos prováveis estão pendentes de resultados laboratoriais e nenhuma morte foi notificada. 

Na capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-BH), em 2025, até a sexta-feira (6/2), 70 casos da infecção foram registrados. No entanto, havia outros 1.900 exames pendentes de resultados e avaliações epidemiológicas. Outras 430 possíveis contaminações foram descartadas.

Combate em Minas

Diante do aumento de casos de doenças transmitidas por mosquitos, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) instalou, na última segunda-feira (3/2), a Sala de Monitoramento das Arboviroses. A iniciativa tem o objetivo de acompanhar a situação epidemiológica de dengue, zika, chikungunya, febre oropouche e febre amarela no estado. 

“Verificamos, neste início de ano, o aumento de casos de arboviroses, mas nada comparado ao que tivemos em 2024. Por isso, é fundamental a vigilância do cenário epidemiológico [...] Para isso, a sala de monitoramento tem um papel primordial, que é o de agregar todos os dados necessários dos 853 municípios mineiros, dando subsídios e e às ações a serem realizadas, tanto pelo Estado quanto pelos municípios, de forma a estarmos cada vez mais próximos da população”, destaca Prosdocimi.

Além da inauguração da sala, a pasta tem trabalhado de forma integrada com os municípios para implementar medidas de controle aos vetores de arboviroses. Em destaque, está o serviço de monitoramento por drones, que permite a identificação de áreas de difícil o, como caixas d’água e piscinas descobertas, e possibilitam a aplicação precisa de larvicidas.

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“De forma complementar, a partir do dia 17 de fevereiro, nossa Força Tarefa Estadual da SUS vai percorrer todo o estado, capacitando os municípios em manejo clínico e em estratégias de vigilância, preparação e resposta para o período sazonal”, anuncia Prosdocimi, que explica que o trabalho será iniciado de maneira simultâneas nas Unidades Regionais de Saúde (URS) de Pouso Alegre, Belo Horizonte, Ubá, Januária, Coronel Fabriciano, Uberaba e Diamantina.

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