
MG: Secretaria de Saúde investiga caso suspeito de febre amarela
Há menos de uma semana, um morador de Extrema, no Sul do estado, morreu em decorrência da doença
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Siga noA Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) investiga um possível caso de febre amarela em um trabalhador rural de Timóteo, no Vale do Mucuri. O homem tem apresentado sintomas de febre, dor abdominal, náuseas e vômitos desde o último domingo (2/2) e, segundo a SES, foi vacinado recentemente.
Desde o começo do ano, o estado registrou um caso de febre amarela em humano - no caso, um morador de Extrema, no Sul de Minas, e que teve a morte confirmada na segunda-feira (3/2).
Até o momento, o caso de Timóteo tem sido tratado pela SES como suspeita de arbovirose com sintomas semelhantes à febre amarela. A pasta informou em nota que aguarda resultados de exames complementares de RT-PCR para análise definitiva e que o caso tem sido investigado e acompanhado pela Regional de Saúde.
Porém, a SES destaca que, em momentos de aumento de casos para febre amarela, nota-se uma sensibilidade maior para a doença por ela apresentar sintomas semelhantes a outras arboviroses, como a dengue.
A febre amarela também é transmitida pelo Aedes aegypti e atinge, principalmente, macacos. O ser humano não vacinado adquire a doença ao se tornar um hospedeiro acidental - por esta razão, há um foco maior da doença em áreas de mata. Vale destacar que macacos não transmitem a doença para humanos - a transmissão é feita apenas pelo mosquito. “A SES-MG vem fortalecendo a vigilância de mosquitos transmissores do vírus e realiza análises laboratoriais de primatas mortos para identificar precocemente a circulação viral e evitar surtos”, informa a pasta em nota.
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Prevenção
Ainda em 2025, a SES-MG registrou um caso confirmado de febre amarela em um primata não humano, em Toledo, no Sul de Minas. No ano ado, foram dois casos da doença em humanos, sendo que um deles resultou em morte, e outros sete, em primatas não humanos.
A SES-MG destaca que a vacinação é a melhor forma de prevenir a febre amarela. Dados mais recentes mostram que a cobertura vacinal em Minas Gerais está em 86,3% - a meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde é de 95%.
A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Estado e é destinada a pessoas com idade a partir de nove meses. Não vacinados que forem fazer viagens internacionais ou para áreas de circulação do vírus devem tomar uma dose da vacina com pelo menos 15 dias de antecedência.
Preocupação
A primeira morte por febre amarela em Minas Gerais em 2025, ocorrida em Extrema, acendeu um alerta para a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG). A suspeita é que a contaminação tenha sido no sítio do paciente, localizado próximo à cidade de Itapeva, também no Sul de Minas. Conforme o governo estadual, recentemente foi determinado que o município era uma “área de epizootia”, ou seja, foi registrada a contaminação de um número de animais ao mesmo tempo, podendo, ou não, levar à morte desses.
De acordo com o secretário de estado de Saúde, Fábio Baccheretti, crianças, entre nove meses e 5 anos, não vacinadas e pessoas acima dos 65 anos que não se vacinaram são o alvo da secretaria, que busca imunizá-los contra a doença. De acordo com o secretário, o período sazonal é marcado por um clima tropical, principalmente na região da Mata Atlântica, ocasionando aumento de mosquitos transmissores.
“Há um caso de óbito por febre amarela no Sul de Minas. Não sabemos se pegou a doença aqui ou em outro local. Nossa equipe está atuando especialmente com as crianças não vacinadas ou pessoas acima de 65 anos que não tomaram a vacina. Estamos buscando essas pessoas, estamos de olho na febre amarela. O alerta é estar vacinado. Vá ao posto de saúde e garanta sua preocupação”, diz Bacchereti.
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