CARNAVAL DE BH

Desfile da Alcova Libertina chama a atenção para consciência ambiental

O bloco que desfila na Avenida Brasil, propõe o ‘Alcovalipse’, por um mundo mais sustentável

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O Bloco Alcova Libertina, que mistura clássicos do rock com ritmos brasileiros, desfila, neste ano, a importância do despertar para a consciência ambiental. Com gritos de “Chuta, chuta, chuta. Chuta a família mineira”, hino do bloco, o cortejo saiu da Avenida Brasil, no Santa Efigênia, Região Centro-Sul de BH, pouco depois das 15h, desta segunda-feira 3/3.

O desfile deste ano tem como tema o meio ambiente. “Saindo do porto da Alcova Apocalíptica, o bloco vai rumar ao Jardim Libertino, fazendo do cortejo a construção da consciência sobre o presente que semeamos e o futuro que colhemos”, explicam os organizadores nas redes sociais.

Carnaval sustentável

O produtor e músico do bloco, Igor Marques, conta que a escolha deste ano é inspirada no escritor Ailton Krenack. “Ele diz que a ideia de que o mundo está acabando é uma boa desculpa para não se fazer nada”. Daí a ideia do ‘Alcovalipse’, que seria o despertar para a consciência ambiental.

“Estamos fazendo essa bagunça aqui, mas temos que ter consciência. Os modos de produção são nocivos. Temos que reconhecer a destruição que nosso estilo de vida, capitalista, tem causado. Somos roqueiros, contracultura e estamos chamando a Nação Libertina para essa causa. Sem meio ambiente não tem carnaval. Viva o rock”.

Uma novidade para o desfile deste ano é a Ala dos Libertinos, fãs do bloco que ajudaram financeiramente nos custos do cortejo.

”O desfile promete evocar os rios, mares, montanhas, matas, a fauna e a consciência humana em ações junto a entidades de reflorestamento e também ao som de temas que ilustram o cenário distópico e a esperança verde”.

O Bloco Fabulosa Banda Dionisíaca dos Libertinos, ou Bloco da Alcova, criado em 2011, nasceu de um movimento de arte-ativismo no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte. Movidos pela paixão pelo rock, o bloco mescla os clássicos do ritmo, com arranjos carnavalescos como marchinha, samba, maracatu, coco e boi.

Todos os gostos

A estudante Camila Corrêa, de 29 anos, é assídua no Alcova Libertina. “Gosto muito de rock. O que eu mais gosto do carnaval de BH é que tem bloco pra quem gosta de todos os ritmos”.

Para este ano, ela decidiu se fantasiar de ‘Anjo da Morte’. “Acho clichê quem se fantasia de anjinho. Gosto do Halloween e do carnaval porque é uma oportunidade de ousar nas fantasias.” A inspiração da estudante é na mitologia nórdica. “Na deusa Hella. Ela é descrita como tendo metade do rosto de uma mulher muito bonita e a outra de cadáver.” Ela completou o look com lentes de contato em tons de amarelo e laranja.

Os amigos Marcos Freitas, de 31 anos, médico, e Daniel Machado, de 32, farmacêutico, também escolheram curtir a mistura de rock com ritmos brasileiros. Os dois contam que decidiram se fantasiar de ‘Paquitas’ porque eram fãs das assistentes de palco da apresentadora Xuxa quando crianças. Perguntados se tinham um critério para a escolha das cores das fantasias, os amigos brincaram: “Era o que tinha. O uniforme da última geração delas era preto e dourado”, lembrou o médico.

Os amigos Marcos Freitas, 31 anos, médico, e Daniel Machado, 32, farmacêutico decidiram curtir a mistura de rock com ritmos brasileiros nesta segunda-feira de carnaval
Os amigos Marcos Freitas, 31 anos, médico, e Daniel Machado, 32, farmacêutico decidiram curtir a mistura de rock com ritmos brasileiros nesta segunda-feira de carnaval Mariana Costa/EM/D.A

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À espera do Alcova Libertina, no Santa Efigênia, as amigas Luiza Oliveira, de 54 anos, e Adriana Lopes, de 50, contam a ideia que tiveram para a fantasia deste ano. Com pentes de ovos na cabeça e uma camiseta com os dizeres: “Esperando os pintos”, as duas se divertem ao contar como surgiu a ideia.

“Queria fazer alguma coisa inusitada. Como o ovo está em alta e faltando homens, decidimos brincar com isso. Também pra debochar um pouco em relação ao preço dos alimentos, mas com leveza. É pra chamar atenção também para a falta de homens”, se diverte Luiza.

As amigas Luiza Oliveira, de 54 anos e Adriana Lopes, 50, contam a história por trás da fantasia escolhida por elas
As amigas Luiza Oliveira, de 54 anos e Adriana Lopes, 50, contam a história por trás da fantasia escolhida por elas Mariana Costa/EM/D.A

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