MEIO AMBIENTE

MG: 35 animais silvestres foram resgatados por dia em 2024

Serpentes, tamanduás, aves, macacos, onças e jacarés: espécies são encontradas geralmente em áreas urbanas

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No estado de Minas Gerais, 12.772 animais silvestres foram resgatados em 2024 de acordo com os dados do Corpo de Bombeiros. Já em 2025, até o momento, foram registradas 2.943 ocorrências. Esses resgates envolvem uma grande diversidade biológica, que vai desde serpentes, tamanduás, aves e macacos até onças e jacarés.

Entre os animais silvestres mais frequentemente socorridos no estado, destacam-se serpentes de várias espécies, tamanduás, aves (com ênfase nas corujas), lagartos como os teiús, jacarés, lobos-guará, macacos e onças.

Esses animais, em sua maioria, são encontrados em áreas urbanas ou em regiões próximas a ambientes humanos, o que pode ser negativo para ambas as partes. Cada processo exige cuidado e conhecimento especializado para garantir o bem-estar dos bichos e a segurança das pessoas.

O tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG), explica que o crescente número de ocorrências em regiões urbanas é reflexo da diminuição dos habitats naturais e da expansão das atividades do homem.

"Ao longo dos anos tem sido mais frequente a presença de animais silvestres em ambientes urbanos, justamente pelo avanço das construções humanas em áreas de vegetação. Diversos condomínios, por exemplo, possuem o apelo de serem locais mais sossegados, mas, na maioria das vezes, invadem a área de diversos bichos. Alguns, inclusive, ficam perdidos e com dificuldade para retornar ao seu local de origem", disserta.

"Outra situação que pode influenciar essa migração são os grandes incêndios em áreas de vegetação. Muitas vezes, eles fogem daquele local de risco e podem se abrigar em meios urbanos, onde tendem a se sentir protegidos das chamas", completa.

Segundo o profissional, após a captura, se o animal tiver sofrido alguma lesão, é encaminhado para um hospital ou clínica veterinária. Mas, caso não haja nenhum ferimento, o animal é devolvido ao habitat natural - em um local distante da população.

Ajuda especializada

Em entrevista ao Estado de Minas, o biólogo Daniel Casali explica que, ao entrar em contato com algum desses bichos, é essencial que a sociedade saiba como proceder de maneira correta e segura. "A primeira atitude a ser tomada é verificar o órgão adequado para se contatar e, a partir disso, chamar os responsáveis pelo salvamento", orienta Casali.

Ele reforça a importância de não tomar atitudes precipitadas ou tentar resolver a situação por conta própria, pois, como explica, "esse tipo de contato gera transtorno para os dois lados, já que um está invadindo o lado do outro".

Os cientistas usaram uma proteína verde-fluorescente e rastrearam a presença dessas células em 26 tipos diferentes de tecidos do macaco.
Caso não haja nenhum ferimento, o animal é devolvido ao habitat natural Imagem de seth0s por Pixabay

  

O resgate não é apenas uma questão de segurança, mas também de respeito ao equilíbrio ecológico. Casali ressalta que profissionais treinados são capacitados para avaliar as condições do animal, garantindo que ele seja tratado adequadamente antes de ser reintroduzido ao seu habitat natural. A falta desse cuidado pode resultar em ferimentos, estresse excessivo ou até a morte do bicho, além de aumentar os riscos de acidentes com os seres humanos.

A presença desses animais em áreas urbanas, por mais assustadora que possa parecer, é uma consequência do avanço das cidades sobre seus habitats. A educação ambiental e a conscientização sobre a importância de respeitar a fauna local são fundamentais para evitar esses encontros indesejados.

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"Com a crescente expansão das cidades até a norma do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já discorre que alguns animais são sinantrópicos, ou seja, estão acostumados a viver em ambientes urbanos, ainda que sejam de origem silvestre. A partir disso, precisamos compreender que a presença deles é uma coisa normal, que será cada vez mais frequente, o que devemos aceitar e respeitar", esclarece o sargento Theóphilo Bruno Larcher, do Batalhão de Polícia Militar de Meio Ambiente.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino

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