MEMÓRIAS DA DITADURA

Manifestação cobra implantação de memorial no antigo prédio do Dops em BH

Membros do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) se juntaram aos ativistas que ocupam o imóvel

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Membros do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) se manifestaram, nesta sexta-feira (11/4), em frente ao prédio que abrigou o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), na Avenida Afonso Pena, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os ativistas cobram a implantação do "Memorial dos Direitos Humanos – Casa da Liberdade" no local, onde ocorreram torturas e prisões arbitrárias durante o período da ditadura militar, entre 1964 e 1985.

O imóvel está ocupado por movimentos sociais desde a terça-feira da semana ada (1º/4), quando completaram-se 61 anos do golpe que deu origem à ditadura militar no Brasil. Durante o ato desta sexta, os manifestantes bloquearam, momentaneamente, duas faixas da Avenida Afonso Pena, mas a via já foi liberada ao trânsito de veículos. 

"Estamos recebendo, com muita satisfação, a manifestação de apoio do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB)", declara Renato Campos, dirigente do Partido Comunista Revolucionário, organizador da ocupação. "É muito importante a gente preservar a memória do nosso país e, sobretudo, ter esse prédio inaugurado como a casa que vai, realmente, guardar a memória daqueles que lutaram contra a ditadura militar", complementa.

"A gente sabe que quem foi torturado destro desse espaço aqui era trabalhador assim como nós, era construtor desse país assim como nós; e nada mais justo que lutar pela memória, verdade e justiça", diz Poliana Souza, coordenadora nacional do MLB, que está realizando um congresso em Belo Horizonte e aproveitou para apoiar a ocupação prédio do antigo Dops. 

O ato é organizado pelo Partido Comunista Revolucionário, pela União Da Juventude Rebelião, pelo Movimento Correnteza, pelo Movimento Rebele-se, pela Frente Negra Revolucionária, pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, pelo Movimento Luta de Classes e por estudantes e docentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

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Inércia

Os manifestantes acusam a gestão do governador Romeu Zema de não dar continuidade às ações de transformação do imóvel em um local de homenagem e memória às vítimas da ditadura militar. O prédio foi tombado em 2013, e o projeto do memorial foi lançado em abril de 2018 pelo então governador Fernando Pimentel (PT), com previsão de inauguração para o fim do mesmo ano. No entanto, as obras não avançaram, e ainda não há data para a conclusão do espaço.

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