Nono suspeito por morte brutal de caminhoneiro após briga em boate é preso
Crime ocorreu em 23 de março, e inclui 10 suspeitos, seis por participação direta no crime, o proprietário e três seguranças do local
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Foi preso nesta terça feira (15/4) o nono suspeito pelo homicídio do caminhoneiro Sebastião Felipe Ladeira, espancado até a morte por 10 pessoas, na madrugada de 23 de março, nas imediações da boate Madeira’s, no Bairro Aeroporto, em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira. Após uma briga no estabelecimento, Sebastião foi espancado e, em seguida, atropelado por uma caminhonete.
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Segundo a Policia Civil de Minas Gerais (PCMG), os 10 suspeitos foram identificados com análise de imagens de câmeras de segurança, relatos de testemunhas e outros elementos técnicos. O relatório final apontou que a vítima foi brutalmente agredida por diversos homens, mesmo após já estar inconsciente, e em seguida atropelado. Nenhum dos suspeitos prestou socorro, e de acordo com Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) alguns, inclusive, voltaram para a boate.
De acordo com a delegada responsável pelo inquérito, Camilla Miller, seis dos investigados responderão por homicídio qualificado por ação — por terem agido diretamente para causar a morte da vítima. Os outros quatro, responderão por homicídio qualificado por omissão, por não impedirem o crime ou se omitirem diante da gravidade dos atos.
Cinco suspeitos foram presos em flagrante no dia do crime. Posteriormente, as prisões foram convertidas em preventivas. Com o avanço das investigações, outros três envolvidos foram identificados e detidos por meio de ações da Polícia Civil. Os dois últimos investigados foram identificados na fase final do inquérito. Um deles foi preso nesta terça-feira (15/4) e encaminhado ao sistema prisional. O último suspeito, de 32 anos, segue foragido.
Nesta segunda-feira (14/4), o MPMG denunciou as 10 pessoas pelo homicídio. Além da responsabilização penal, o Ministério Público também solicitou que os acusados paguem indenização de R$ 300 mil à família da vítima por danos morais.
Relembre o caso
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o crime teve início após uma discussão dentro da boate Madeira's, entre Sebastião Felipe e um dos denunciados, Itamar Júnior, que estava acompanhado de cinco amigos: Lucas Toledo, Yago de Carvalho, Yhan Galvão, Ricardo Matos e Fabiano Lima.
Durante a briga, Sebastião golpeou Itamar com uma garrafa, e tentou fugir, mas foi perseguido por Yago. Sebastião tentou pular um muro para se esconder, mas não conseguiu, e foi alcançado a 500 metros da boate. Na sequência, Lucas Toledo chegou ao local, em um carro branco. Conforme o MP, Yago e Lucas tentaram colocar a vítima no porta-malas. Durante essa tentativa, Toledo teria dito que jogaria o corpo de Sebastião Felipe na BR.
Logo depois, os outros envolvidos chegaram: Itamar, Yhan, e Ricardo, acompanhados também pelo dono do Madeiras, Victor Moreira, e os seguranças do local, João Pedro Souto, João Carlos de Oliveira e Rafael Venâncio. Ainda conforme o Ministério Público, Itamar, Yhan e Ricardo chutaram a vitima, já caída, e sem chances de se defender. De acordo com a denúncia, por fim, Fabiano Lima ou com a caminhonete Ranger sobre o corpo da vítima.
Para o MP, a omissão do dono do Madeira's e dos seguranças — que estavam presentes no local — foi tão grave quanto os atos diretos de agressão. Eles teriam causado o mesmo efeito de quem matou, aponta o órgão.
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Denunciados por homicídio qualificado na modalidade ação direta
Itamar Bisaggio Júnior
Lucas Dias Nascimento Toledo
Yago Natã Delibero de Carvalho
Yhan Damas Galvão
Ricardo Venturini Matozinhos Matos
Fabiano Marques Lima
Homicídio qualificado na modalidade omissão
Victor Oliveira Assis Moreira (dono do Madeiras)
João Pedro Lopes da Silva Souto (funcionário)
João Carlos de Oliveira (funcionário)
Rafael Jefferson de Souza Venâncio (funcionário)
