TRIÂNGULO MINEIRO

Polícia investiga supostas ameaças de grupo neonazista contra universidade

Suposto grupo também teria divulgado, recentemente, promessas de estupro coletivo e intimidação à comunidade LGBTQIAPN+

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A Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) declarou que informações de supostas ameaças de grupo neonazista, por meio da Internet, contra estudantes do campus Uberaba, foram encaminhadas para as autoridades. O suposto grupo também teria divulgado, recentemente, promessas de estupro coletivo e intimidação à comunidade LGBTQIAPN+, segundo relatos de estudantes, que preferem não se identificar.

Com relação a supostas ameaças do grupo neonazista, por meio de nota, a UFTM destacou que a reitoria adotou providências imediatas. "As informações foram oficialmente enviadas à Comissão Disciplinar Discente (CDD), instância competente para acolher, avaliar e deliberar acerca das infrações disciplinares cometidas por discentes da UFTM e propor, se for o caso, as sanções a serem aplicadas, conforme o art. 2º do seu regulamento. Paralelamente, foi registrado Boletim de Ocorrência junto às autoridades policiais competentes, a fim de garantir a devida investigação no âmbito criminal", ressaltou em outro trecho da nota divulgada em 8 de maio.

A reportagem questionou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nesta segunda-feira (19/5), sobre como estão as investigações do caso e se alguém foi detido.

Segundo nota da PCMG, uma servidora da universidade procurou uma delegacia, em Uberaba, no dia 28 de abril, quando foi registrada a ocorrência policial.



"De imediato, a PCMG instaurou procedimento investigatório para apurar o possível ato ilícito de incitação ao crime, previsto no art. 286 do Código Penal. As diligências seguem em andamento visando identificar suspeitos. Já em relação aos fatos relacionados à população LGBTQIAPN+, até o momento, não recebemos nenhuma denúncia", diz.

Em 8 de maio, a UFTM publicou nota sobre o caso.

Confira na íntegra:

"UFTM reafirma compromisso com a segurança da comunidade acadêmica

A Reitoria da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) vem a público manifestar sua profunda preocupação com os recentes relatos de violência cometida contra membros da comunidade acadêmica, especialmente mulheres e pessoas pertencentes a grupos historicamente vulnerabilizados. Reiteramos nosso compromisso com a promoção de um ambiente universitário seguro, acolhedor e respeitoso para todas as pessoas.

Em resposta às denúncias encaminhadas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), a Reitoria adotou providências imediatas. As informações foram oficialmente enviadas à Comissão Disciplinar Discente (CDD), instância competente para "acolher, avaliar e deliberar acerca das infrações disciplinares cometidas por discentes da UFTM e propor, se for o caso, as sanções a serem aplicadas", conforme o art. 2º do seu regulamento. Paralelamente, foi registrado Boletim de Ocorrência junto às autoridades policiais competentes, a fim de garantir a devida investigação no âmbito criminal.

Além das ações iniciais, a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (PROACE) realizou reunião com o DCE e os Centros e Diretórios Acadêmicos para escutar demandas e alinhar estratégias de atuação. A Reitoria também se reuniu com representantes das forças de segurança pública, com o objetivo de discutir medidas para reforçar a segurança no entorno da Universidade.

Como desdobramento dessas ações, será realizada uma reunião com a participação da Reitoria, do DCE, dos Centros e Diretórios Acadêmicos, da Atlética Soberana, das Baterias e Empresas Juniores, com o objetivo de construir coletivamente uma pauta de segurança universitária. Essa pauta será formalmente apresentada ao Governo Municipal, aos órgãos públicos estaduais e federais de segurança, e, caso necessário, encaminhada ao Ministério Público.

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Reforçamos que todas as providências adotadas — e as que ainda se fizerem necessárias — têm como princípio a defesa intransigente da integridade física e emocional de nossa comunidade. A UFTM não tolera qualquer forma de violência, assédio ou discriminação em seus espaços institucionais. Na nossa Universidade, todas as pessoas têm o direito de viver em paz" .

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