SANTIDADE

Papa Francisco santo: uma possibilidade real?

Saiba se Francisco vai seguir os os de João Paulo II e se tornará santo

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Embora dois dos últimos cinco papas tenham sido canonizados (considerados santos),  o simples fato de liderar a Igreja Católica não garante a santidade. Por isso, o papa Francisco, mesmo sendo uma figura popular e reformista, também precisará ar por um rigoroso processo caso venha a ser considerado para a canonização no futuro.

Mas nem sempre foi assim. Nos primeiros séculos da Igreja, ser papa quase automaticamente significava alcançar a santidade. São Pedro, considerado o primeiro pontífice da Igreja Católica, é um dos 48 dos primeiros 50 papas que foram declarados santos. Porém, com o ar do tempo, o cenário mudou: atualmente, apenas 80 dos 266 papas que existiram foram canonizados.

Além disso, outros 11 papas estão na lista de beatificados — a etapa anterior à canonização. Isso mostra que, hoje, a santidade não é automática, mas resultado de um longo e criterioso processo.

O caminho até a santidade

Para que alguém seja declarado santo, primeiro é preciso ser reconhecido como "venerável", após uma investigação minuciosa conduzida pelo Dicastério das Causas dos Santos, no Vaticano. Essa análise avalia a vida, as virtudes e os escritos do candidato.

Depois, é necessário comprovar um milagre atribuído à intercessão da pessoa, o que permite a beatificação. Um segundo milagre é exigido para a canonização definitiva. No fim, a decisão final cabe ao papa em exercício.

João XXIII e João Paulo II foram os últimos papas a serem canonizados, em uma cerimônia conjunta presidida pelo próprio Papa Francisco, em 2014.

Historicamente, o processo de canonização levava séculos: de 1588 a 1978, o tempo médio era de 262 anos após a morte, segundo a pesquisadora Rachel McCleary, da Universidade de Harvard. Esse número caiu para pouco mais de 100 anos nos últimos três papados, impulsionado por mudanças feitas por João Paulo II, que reduziu o período de espera obrigatório para iniciar a causa de canonização para cinco anos.

Esse tempo, no entanto, pode ser dispensado. João Paulo II foi canonizado apenas nove anos após sua morte, com forte pressão popular. Durante seu funeral em 2005, multidões gritaram "Santo, subito" ("Santidade agora"). Seu sucessor, Bento XVI, atendeu ao apelo e acelerou o processo.

O risco de canonizar rápido demais

A velocidade da canonização de João Paulo II, contudo, gerou questionamentos. Um relatório do Vaticano de 2020 indicou que o pontífice pode ter ignorado acusações de abuso sexual envolvendo o ex-padre Theodore E. McCarrick. A revelação levantou dúvidas sobre se a canonização de João Paulo II não teria ocorrido de maneira precipitada.

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Esses episódios mostram que, apesar da popularidade, o caminho até a santidade é cheio de etapas rigorosas e análises profundas — algo que também deve ser levado em conta se, um dia, o papa Francisco for indicado para se tornar santo.

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