RESPOSTA

Temendo nova crise no governo, Lula diz que vai viajar mais pelo país

Fala do presidente ocorre após o anúncio e posterior recuo do aumento do IOF pelo governo federal, o que novamente gerou críticas da oposição nas redes sociais

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RIO DE JANEIRO, RJ E CAMPO VERDE, MT (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) afirmou neste sábado (24/5) que vai "fazer política" e andar pelo país a partir do mês que vem para combater o que chamou de "mentira", "canalhice" e "fake news".

As declarações foram dadas durante viagem ao interior de Mato Grosso, onde ocorreu a cerimônia de lançamento do programa Solo Vivo, que prevê recuperar áreas de solo degradado e fortalecer a agricultura familiar, segundo o governo.

"No mês que vem, vou fazer política nesse país. No mês que vem, eu vou começar a andar esse país porque acho que chegou a hora de a gente assumir a responsabilidade de não permitir que a mentira, a canalhice, a fake news, ganhe espaço e que a verdade seja soterrada nesse país", afirmou o presidente.

Ele continuou: "Nós fazemos parte daquele tipo de político que pelo menos não quer perder o direito de andar na rua de cabeça erguida. Fui criado por uma mãe analfabeta e a coisa que ela mais exigia da gente é que a gente não mentisse e que a gente respeitasse os outros".

Oposição nas redes sociais

As falas ocorrem após Lula ar por crises intensificadas por publicações da oposição nas redes sociais. O governo correu contra o tempo para anunciar o recuo em mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ainda no fim da noite de quinta-feira (22/5) por temer a repetição da traumática experiência da crise do Pix, em janeiro.

À época, a disseminação de informações distorcidas sobre taxação de operações feitas pelo sistema invadiu as redes e afetou a popularidade do presidente.

"Estou convencido de que nós aqui temos a obrigação moral de fazer com que a verdade derrote a mentira nesse país", disse Lula neste sábado.

O petista associou as mentiras a "gente maldosa" e "agressiva", "que não respeita adversário" e "que não sabe viver democraticamente", embora não tenha citado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal rival.

Ele voltou a defender a regulação de redes sociais e mencionou, nesse momento, a proibição de celulares nas escolas.

Discursos e vaias

O presidente visitou o assentamento Santo Antônio da Fartura, no município de Campo Verde (a cerca de 130km de Cuiabá). A agenda também teve entrega de chaves de máquinas agrícolas.

Lula esteve acompanhado por ministros e políticos locais, incluindo o governador de Mato Grosso, o bolsonarista Mauro Mendes (União Brasil).

Sentado ao lado do presidente, Mendes foi alvo de vaias ao ser citado em mais de uma ocasião durante a cerimônia. Também ouviu gritos de "Mauro, faz o L", uma referência do público à letra inicial de Lula.

O governador apoiou Bolsonaro nas eleições de 2022 e participou nos últimos meses de manifestações de apoiadores do ex-presidente por anistia a envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Outro nome presente na cerimônia, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, fez um discurso com elogios a Mendes, procurando destacar projetos desenvolvidos em parceria entre o governo federal e a gestão estadual.

Mas também causou constrangimento ao ironizar, diante do bolsonarista, o episódio em que um apoiador de Bolsonaro se pendurou em um caminhão em um protesto após a eleição de 2022.

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Em discurso, o governador exaltou sua própria gestão e parabenizou o presidente pela iniciativa do projeto. Ao mencionar grandes produtores rurais, disse que o público não deveria vaiá-los.

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