
Pois é! Infelizmente, mais olhamos para uma tela nos dias de hoje do que para a cara da pessoa amada ou fazemos algo de verdade, que nos preenche o momento presente de forma “mindfull”. Dizemos que falta tempo, mas amos horas deslizando os dedos em telas buscando preencher o vazio que este tipo de trabalho incessante faz. Ou, pior, preenchemos com comida, bebida, jogos, compras ou horas a fio de séries. Não que nada disso seja bom, é bom sim. Mas não para escapar de algo que nem se sabe o que é. Mas que pode já ser a solidão desta vida atarefada demais.
Fazer o ESSENCIAL. Ok! Acho que a maioria já descobriu essa fórmula depois que Greg Mckeown escreveu seu livro “O essencialismo” e nos ensinou a diminuir tarefas e colocar em nossa agenda apenas o que de verdade precisamos fazer e é IMPORTANTE. Tarefas extras entram no horário que sobrar. Mas quando vemos, mesmo o que é essencial está demais!
O próprio autor citado acima es- creve um segundo livro, mais interessante ainda, e nos dá mais dicas. Em seu novo livro, já um best-seller, nos mos- tra que podemos tornar mais fácil. O que é mais importante a diminuir: o ESFORÇO!
Mas como? Ele nos mostra que estamos gastando muito esforço e tendo pouco resultado. O efeito disso é que quanto mais faço, mesmo só o essencial, mais eu me canso e o resultado disso é um menor rendimento, baixa criatividade. Enfim, acabo me desgastando e sem produtividade de excelência, mesmo que faça apenas o essencial.
Pior, a maioria das pessoas, após esses quase dois anos de pandemia, que trabalham estão reclamando de FADIGA CRÔNICA – cansaço ao acordar, dores no corpo, insônia, irritação, mau humor, falta de desejo de fazer o que gostava, falta de criatividade e memó- ria e doenças recorrentes. O burnout pode vir como consequência de tudo isso. Aí, o pavio apaga e a pessoa então vai para casa e não quer mais se levantar.
De acordo com Greg McKeown, podemos vencer esta etapa que não temos como fugir das obrigações importantes, fazendo-as com mais le- veza. Fazer dessa forma é sair daquela ideia antiga que preciso dar meu sangue para ganhar meu dinheiro, que trabalho bem-feito exige mais esforço. Muitos são os que dizem: “Dei meu sangue para ganhar este dinheiro suado”.
A leveza também não precisa vir a médio ou longo prazo. Pode estar atrelada à tarefa que farei. Então, se você pensar numa dieta, pensará: farei o sa- crifício para conseguir depois de uns dois ou três meses chegar ao peso ideal. E, de novo, um exemplo de esforço. Muito esforço! Outro seria o cara que se mata de trabalhar para conseguir uma promoção, fica no trabalho até tarde, não vê seus filhos crescerem, não desfruta do lar que paga as contas e quando envelhece chega ao cargo que desejava tanto, mas perde a saúde e aí já era!
Como levar com leveza agora, en- quanto faz o serviço que tem que fazer? Digamos que uma tarefa doméstica necessária? Que tal fazer associada com algo que lhe traz prazer? Lavar louças escutando sua música predileta. Escre- ver seus e-mails escutando música ou tendo seus filhos à mesa desenhando desafios que você prop a eles?
O que importa é que seu trabalho seja leve, e cabe a você descobrir fórmulas de fazê-lo com mais leveza. Nem sempre vamos poder abdicar de um determinado trabalho, mas podemos mudar a forma de fazer o mesmo com menos esforço, mais leveza e já obtendo ganhos ao fazer.
E quando puder, durante o dia, faça pequenas pausas curativas. Respire mais profundamente, tire um cochilo, escute uma música que acalme e descanse. Nesse momento, agradeça pela sua saúde, sua família, e tudo mais de que gostar. Vez por outra, saia à rua, veja as árvores, contemple as flores ou vá a um parque e respire por alguns momentos. Isso restaura nossa energia de conexão com a mãe terra.
“O estado sem esforço é uma expe- riência que muitos já tivemos quando estávamos fisicamente energizados. Ficamos cem por cento conscientes, alertas, presentes, atentos e focados no que é essencial naquele momento. Somos capazes de nos conectar com facilidade no que mais importa.” Greg McKeown
Então fica a dica: combine as atividades mais essenciais com as mais agradáveis. Aceite que trabalho e diversão podem coexistir. Transforme tarefas maçantes em rituais cheios de significados e assim permita que risco e diversão iluminem o seu dia de positividade e seja mais feliz.
Um menos que faz mais bem diferenciado!