(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas SAÚDE MENTAL

Distúrbios psicológicos: fique atento aos sinais dados pela mente b32n

Autoconhecimento pode ser o início para que o corpo e a se sentir bem com cuidados adequados 73t71


24/01/2021 04:00 - atualizado 25/01/2021 14:47

É importante estar sempre em alerta quanto aos sinais dados pela mente e pelo corpo para garantir uma boa saúde mental. De acordo com Lucas Bifano Mendes Brito, médico especialista em saúde pública, gestão e cuidados em medicina de família e comunidade e em psiquiatria, a pessoa, com quadros potenciais de estresse e demais distúrbios psicológicos e psiquiátricos, começa a se cobrar cada vez mais, a se sentir insuficiente, limitada, chorosa e desgostosa.

“Às vezes, aquele momento que seria bacana e prazeroso começa a gerar sofrimento. Ou uma pessoa que tinha o costume de fazer atividade física perde o interesse, ou faz sempre forçado, como um sacrifício, diferente do que era antes. Os sinais maiores são a relutância e limitação para fazer ou simplesmente deixar de fazer”, aponta. Esse autoconhecimento pode ser o início para que o corpo e a se sentir bem com cuidados e assistência adequados.

O próximo o é aceitar o problema e ter disciplina para cuidar da própria saúde e bem-estar, seja inserindo mais descanso, atividades de lazer e/ou contato com pessoas próximas. “Tudo isso em conjunto vai reduzir muito qualquer tipo de impacto negativo. Não podemos deixar que o isolamento cause malefício à saúde, temos a responsabilidade de cuidar dos outros, mas também de nós mesmos. Temos uma capacidade adaptativa muito grande, é adaptar a rotina a essa nova realidade”, afirma Lucas Bifano.
 
Lucas Bifano Mendes Brito, médico especialista em saúde pública, gestão e cuidados em medicina de família e comunidade e em psiquiatria(foto: Thainara Barreto/Divulgação)
Lucas Bifano Mendes Brito, médico especialista em saúde pública, gestão e cuidados em medicina de família e comunidade e em psiquiatria (foto: Thainara Barreto/Divulgação)
“Nosso psicológico tem que estar preparado para esse tipo de inconstância, que vai demandar que novas rotinas sejam criadas. Isso é muito importante para que não haja um aumento do número de doenças relacionadas à saúde mental. Gosto muito de uma frase que diz: ‘A mudança é inevitável, e a inovação é tudo. Nada dura muito tempo. Ou nos adaptamos às mudanças, ou ficamos para trás’. Precisamos mudar nossa rotina para conseguir manter a sanidade mental e a qualidade de vida.”

Outra dica importante é procurar ajuda profissional. “Entenda que nem sempre é possível resolver problemas sozinho. Um profissional é um aliado e tê-lo é ser inteligente e corajoso para buscar a melhora, seja dos quadros de estresse, ansiedade ou depressão. Ou todos eles juntos.”
 

EQUILÍBRIO   1a216p


A comunicóloga social Jéssica Henschke, de 29 anos, sentiu todo esse estresse oriundo da pandemia e do isolamento social na pele. Ela, que sofre com transtornos de ansiedade e depressão desde a infância, viu a insegurança tomar ainda mais conta dos seus dias, e isso muito em função da incerteza sobre o futuro e da falta de controle sobre toda a situação. “Está sendo uma turbulência sem fim. Primeiro, o medo do vírus, da doença, a dor pelos amigos que se foram e o receio de a COVID-19 chegar ainda mais perto e acometer o núcleo mais íntimo da família e amigos.”

Depois, a saudade que o distanciamento social impõe. E, ainda, cada notícia trágica causa uma nova enxurrada de emoções. “Precisar sair de casa, nesse cenário, é desconfortável; por algumas vezes, inclusive, ei mal. E lidar com um corpo inteiro em pane é cansativo e custa tempo para normalizar, isso interfere diretamente na relação com as pessoas ao redor e com a produtividade, que reflete na vida financeira e social. É um círculo vicioso”, relata.

Para Jéssica Henschke, tudo ganhou um senso de urgência e de importância muito maior, desde entender que os números são pessoas, famílias e histórias até perceber a dimensão do que, de fato, está acontecendo no mundo. “Entendemos, então, o quanto somos pequenos diante disso tudo e que não controlamos nada, nem planos, metas, listas ou organizações. Nada disso nos garante absolutamente nada, já que algo quase invisível simplesmente é capaz de tirar todo o sentido”, afirma.
 
O psicólogo Leonardo Morelli explica que o primeiro o para planejar o 2021 ou mesmo a vida pós-pandemia é não negligenciar sentimentos(foto: Inspira/Divulgação)
O psicólogo Leonardo Morelli explica que o primeiro o para planejar o 2021 ou mesmo a vida pós-pandemia é não negligenciar sentimentos (foto: Inspira/Divulgação)
 
Dentro de toda essa realidade, a comunicóloga social reconhece a importância de aprender a olhar para si e ver seus privilégios. “Essa montanha-russa de emoções me levou a uma busca pessoal por equilíbrio, que mesmo estando distante de alcançar, já me trouxe muitas coisas positivas. Sou grata por, em um momento trágico como esse, ter sobrevivido e me tornado ainda mais desperta para a necessidade urgente de ser uma pessoa melhor por mim e pelo mundo como um todo”, diz.

PLANOS"Sinto-me presa em um episódio de looping temporal. Definitivamente, em nada se parece com o início de um novo ano, esperanças renovadas e o gás para começar novos projetos”Jéssica Henschke, de 29 anos, comunicóloga social Portanto, Leonardo Morelli dá uma dica de ouro para que fazer planos seja saudável mesmo em meio à pandemia: “Encare a realidade com a qual você está se deparando e faça o que está ao seu alcance”. Nesse cenário, olhar para si é uma boa alternativa. A imersão interna permite que as emoções certas venham à tona, prevenindo que todos os sentimentos se acumulem e se escondam em consequências na saúde mental. Os planos para 2021, então, começam por aí.Jéssica Henschke faz cada dia ser um novo planejamento. Assim, ela busca não sofrer com antecedência. “Tenho evitado as redes sociais e noticiários. Mantenho-me informada, porém, controlo o ritmo de informação que recebo para me trazer o mínimo de conforto e alienação. Estou me permitindo ficar a par das coisas para conseguir focar no que preciso. Também, estou praticando empatia e gentileza comigo mesma, entendi que os danos são inevitáveis, e que, em um contexto geral, o que está me afligindo é pequeno perto de quem está lidando com a morte. Portanto, acolho minhas falhas e tento fazer o meu melhor, mesmo que o meu melhor naquele dia seja conseguir apenas me alimentar”, relata.*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram yry


receba nossa newsletter 4h52r

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso! 2265

*Para comentar, faça seu ou assine 6j5n34

Publicidade

(none) || (none)