
A constelação sistêmica ou familiar é um método terapêutico criado pelo alemão Bert Hellinger, “familienaufstellung”, no qual por meio de observações e estudos desenvolveu três leis sistêmicas, que são estruturas que contribuem para a harmonia, se forem respeitadas. Hellinger as nomeia de “ordens do amor” e assegura que são naturais e existem de modo instintivo e automático em qualquer um de nós. São elas a lei da hierarquia, do equilíbrio e do pertencimento. E ela pode ser aplicada nos mais diversos conflitos da existência humana.
A advogada e consteladora Raquel Caram explica que a constelação familiar lida com todas as questões que a pessoa queira olhar, não somente relacionadas à família, mas empresarial, organizacional, entre outras. “Hoje, inclusive, é usada tanto no Judiciário, como método de resolução de conflitos, como também no sistema de saúde pública.
São diversos os temas levados pelo constelado ao facilitador ou constelador, como é chamado. Ou seja, a constelação familiar pode ser usada em quaisquer conflitos familiares (pais, filhos, irmãos, tios, avós), entre casais, entre pessoas com dificuldades de se relacionar, com problemas de saúde, dinheiro, emoções, entre outros.”
São diversos os temas levados pelo constelado ao facilitador ou constelador, como é chamado. Ou seja, a constelação familiar pode ser usada em quaisquer conflitos familiares (pais, filhos, irmãos, tios, avós), entre casais, entre pessoas com dificuldades de se relacionar, com problemas de saúde, dinheiro, emoções, entre outros.”
Raquel Caram conta que, conforme Hellinger, o amor precisa de uma determinada ordem para poder fluir e, quando há desordem, as dinâmicas da constelação apontam para um bloqueio no fluxo do amor, havendo necessidade, na maior parte dos casos, de ter um movimento próprio para restabelecer a harmonia e criar um sentimento de leveza, desbloqueando e reconectando o fluxo do amor que fora interrompido.
A consteladora destaca que a constelação sistêmica pode ocorrer por meio de um workshop com um grupo de pessoas ou, ainda, com o atendimento individual usando bonecos. “O importante é que a pessoa possa escolher o método que melhor se identifique e faça sentido para ela.”
Mas o que significa constelar um tema">luciana heleno
(foto: Arquivo Pessoal)
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Visão externa
“Eu constelei para minha filha menor, M.H.M.C. É um procedimento possível, desde que observados alguns requisitos. Ela, minha filha, estava sendo acompanhada por psicóloga há alguns anos. O atendimento psicológico vinha alcançando resultados expressivos. Mas, após a constelação, observei um salto enorme no tratamento. Na constelação, verificamos que o comportamento da minha filha era uma repetição do comportamento de alguns familiares que a antecederam. Na ocasião, houve uma “entrega” simbólica do problema ao parente que deu início a esse comportamento repetido. E, mais, com a constelação amos a ter uma visão externa da situação em que estávamos envolvidos. Isso ajudou a racionalizar a questão. E o mais interessante é que, em razão da tenra idade, minha filha não tomou ciência do conteúdo da constelação, o que comprova a sua efetividade diante da modificação de seu comportamento.”