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Piano solo

Pianista Samuel Damian mostra composições próprias e releituras do pop

Recital de piano na Sala Juvenal Dias traz músicas do seu álbum de estreia, "Fragmentos", além do material que posta em seu Instagram

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Mineiro de Congonhas, o pianista Samuel Damian apresenta, nesta sexta-feira (4/4) e no sábado (5/4), às 20h30, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes, o recital solo “Fragmentos”, que marca o lançamento de seu álbum de estreia, homônimo. O roteiro intercala nove dos 12 temas autorais que compõem o trabalho, com releituras do pop internacional e da MPB que ele vem postando no perfil do Instagram “O piano de Samuel”, criado há pouco mais de um ano para este fim.

O músico iniciou seus estudos de piano aos 7 anos e já acumula mais de 40 dedicados ao instrumento. Ao longo de sua trajetória, acompanhou outros artistas, criou uma escola de música em sua cidade natal e, posteriormente, em Belo Horizonte. Paralelamente, ele compunha peças que vinha burilando ao longo do tempo.

Quando resolveu gravar o material, criou o perfil do Instagram, para mostrar seu trabalho como intérprete e, assim, ampliar sua audiência.

“Gosto muito de música construída em cima de um tema marcante, que fica na cabeça, como Vangelis, Richard Clayderman ou Marcus Viana fazem. Tenho muitas outras referências também, da música popular, da música erudita, do Clube da Esquina. Vou misturando isso tudo e criando minha própria identidade”, diz. O próprio nome do álbum expressa sua forma de composição, retrabalhando ideias mais antigas com outras recentes.

Pedaços de músicas

Ele explica que, como já tem uma longa trajetória como pianista, acumula “pedaços de músicas” que resultaram no recém-lançado disco. “Quando entro no estúdio, mesmo coisas que fiz há mais tempo, como 'O lado escuro do sol' ou 'Recomeçar', ganham arranjos diferentes, porque ali você abre um canal criativo. Fiquei um mês no Bemol (pioneiro estúdio mineiro fundado por Dirceu Cheib) e, nesse tempo, acabei mexendo muito nas músicas”, diz.

Além de “O lado escuro do sol”, que faz referência a Pink Floyd, e “Recomeçar”, a porção autoral da apresentação de logo mais reúne temas como “Suave lamento”, “Sombra e luz” e “Sweet dreams”, que, segundo Damian, é a mais ouvida no Spotify fora do Brasil. Já na parte do recital dedicada às releituras, ele mistura Händel com o pianista sul-coreano Yiruma e com Abba, de quem executa “The winner takes it all”, postada recentemente em seu perfil no Instagram.

“São releituras que têm a ver com a harmonia e com o conceito musical das minhas composições, por isso faço essa junção, vou alternando criações minhas que estão no álbum com as de outros autores que iro”, diz. Ele destaca que “O piano de Samuel” foi decisivo para que conseguisse formar público. “Quando resolvi fazer meu disco, criei esse perfil no Instagram, com solos de piano. Ele já tem mais de 20 mil seguidores e ultraou 2 milhões de visualizações”, comemora.

Trabalho escondido

Damian explica que demorou para investir em uma carreira própria e mostrar suas composições por acanhamento. Ele diz que tomar grandes nomes da música como baliza o desencorajava e, por isso, mantinha seu trabalho “meio escondido”. “Converso sobre isso com a plateia no espetáculo. É difícil para uma pessoa que a vida inteira tocou Mozart, Bach, Beethoven, Chopin, resolver compor e compartilhar com o público. Eu nunca ficava satisfeito com o que eu fazia”, revela.

O primeiro estímulo para tirar sua produção do armário veio da namorada, conforme diz. “Ela, que é sempre minha primeira ouvinte, me deu esse empurrão. Depois fui no Bemol, mostrei minhas composições para o Ricardo Cheib (filho de Dirceu) e ele achou que era o caso, sim, de gravar essas músicas. Comecei a entender que elas tocavam as pessoas, faziam sentido para elas. Mozart e Chopin tiveram o tempo deles, pensei que posso ter o meu também, sem comparações, e aí a coisa da composição fluiu e está fluindo”, destaca.

Próximos os

Samuel Damian diz que desde que abriu as comportas da criação tem composto muito e já tem material para um segundo álbum. Sua ideia, no entanto, é dedicar um ano e meio à divulgação de “Fragmentos” antes de começar a pensar num próximo trabalho. Ele espera poder viajar por todo o país com o recital que promove o lançamento de seu disco de estreia.

“Já tenho datas em Ouro Preto, São João del-Rei, Varginha, São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas, onde, inclusive, eu já estava com um show marcado e tive que cancelar. Entre junho e julho, quero circular pelos festivais de inverno do estado, em Paracatu, Montes Claros e outras cidades. E também pretendo firmar uma agenda de tocar uma vez por mês em Belo Horizonte”, diz.


"FRAGMENTOS"

Recital de piano solo de Samuel Damian. Nesta sexta-feira (4/4) e no sábado (5/4), às 20h30, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, Centro – fone: 3236 7400). Ingressos a R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia).

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