MÚSICA

Fernando Motta lança o álbum autoral 'Movimento algum'

Cantor e compositor mineiro reuniu mutirão de convidados em seu quarto álbum solo, explorando várias sonoridades

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 “A gente, que gosta muito de música, não consegue ficar numa coisa só”, afirma o cantor e compositor Fernando Motta, logo explicando que a despeito das mudanças, a “identidade harmônica” é sempre mantida. Ele está falando de “Movimento algum”, seu quarto álbum, lançado esta semana.

Motta é cria do que se nomeou rock triste, movimento surgido na cena indie de Belo Horizonte quase uma década atrás. “Com esse disco, a ideia foi somar outras sonoridades. Tem muita coisa dançante dos anos 1990, dream pop e acid jazz”, explica. O encontro com o produtor Thiago Klein, em São Paulo, foi definitivo para a gravação das 10 faixas, todas autorais e inéditas.

“Meu processo é bem solitário, sempre começo com voz e letra ao violão. Só que a composição a por muitos movimentos e nem sempre se está com um violão em mãos”, continua ele, que tem um bloco de notas do celular cheio de referências.

Motta foi a São Paulo em 2024 gravar com Klein. “Todas as músicas estavam com a estrutura pronta. Fiquei com as partes de guitarra, voz, violão e harmônica; o Thiago com teclas, cordas e arranjos.”

A partir desse encontro, outros vieram. Motta bebe em várias fontes, mas Beatles, a paixão de toda a vida, tem que estar presente. “Não há como fugir disso. Então, o Thiago chamou o Lucas Gonçalves, baixista do Maglore (outro beatlemaníaco). Ele ficou vidrado nas harmônicas vocais e construiu o baixo em cima disso, levando em conta os Beatles.”

Mutirão criativo

As faixas “Volver” e “Epíteto”, cheias de camadas, traduzem bem a relação entre os músicos. Ainda que seja artista solo, Motta não comunga do bloco do eu sozinho. É a voz de Clara Borges, da Paira, banda nova de BH, que comanda “Elegia”, faixa de forte influência do Stone Roses.

Já a faixa “Água-forte” foi gravada com o grupo curitibano Terraplana, referência no revival de shoegaze (subgênero da virada da dos anos 1980/1990, de bandas como Jesus and Mary Chain e My Bloody Valentine), que marcou os últimos anos do indie nacional.

“Eles acabaram de voltar da turnê nos Estados Unidos. É uma banda em ascensão, e a gente já tinha feito uma turnê em 2019. Vi que ‘Água-forte’ pedia voz feminina no refrão”, continua ele, que dividiu os vocais com Stephani Heuczuk.

Motta ainda não sabe quando será o show de lançamento de “Movimento algum”.

“(Até então) Era muito na base da colaboração. Eu chamava os amigos que gostam de música e montava o show. Mas agora pretendo que seja um show da banda que gravou o disco. Em breve, vou para São Paulo ensaiar. Fazer show lá é mais fácil do que em Belo Horizonte”, finaliza.

“MOVIMENTO ALGUM”

• Álbum de Fernando Motta
• Selo 11.59pm
• 10 faixas
• Disponível nas plataformas digitais

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