ECONOMIA

Economistas veem inflação menor em 2025 e dentro da meta do BC em 2026

As estimativas para o PIB (Produto Interno Bruto) e para a taxa básica de juros (Selic) foram mantidas

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os economistas consultados pelo BC (Banco Central) diminuíram as projeções para a inflação e dólar nesta segunda-feira (12). 

As estimativas para o PIB (Produto Interno Bruto) e para a taxa básica de juros (Selic) foram mantidas. É o que revela o Boletim Focus do BC.

 

O levantamento mostra que houve uma nova diminuição na expectativa de inflação para este ano. É a quarta queda consecutiva na previsão do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que deve ter 5,51% ao fim deste ano na perspectiva dos analistas. A previsão para 2026 também foi revista para baixo, com projeção de chegar a 4,5% - teto da meta perseguida pelo BC. 

Na última sexta-feira (9), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA, desacelerou a 0,43% em abril, após marcar 0,56% em março.

 

Em 12 meses, o IPCA ou a acumular alta de 5,53% até abril, acima dos 5,48% registrados até março. Nesse recorte, a taxa é a maior desde fevereiro de 2023 (5,6%). 

Com isso, o acumulado se distanciou do teto de 4,5% da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central). O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. 

No câmbio, houve também uma queda na expectativa para o preço do dólar no final de 2025, que deve atingir R$ 5,85. A projeção para 2026 também teve queda e foi para R$ 5,90.

É a segunda queda consecutiva que a moeda americana tem no Boletim Focus para este ano, e a sexta para o próximo ano. 

O índice tem acompanhado a guerra tarifária gerada pelo governo de Donald Trump nas últimas semanas. Nesta segunda (12), o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou um acordo para reduzir tarifas temporariamente entre EUA e China

Segundo ele, os Estados Unidos reduzirão de 145% para 30% as tarifas adicionais sobre produtos chineses (10% de taxa básica, mais 20% relacionados ao tráfico da droga fentanil). A China, por sua vez, diminuirá as taxas sobre importações americanas para 10% (são 125% hoje). O país asiático também disse que irá suspender ou cancelar medidas não tarifárias tomadas contra os EUA.

Além de Bessent, o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e dois vice-ministros chineses participaram das negociações. 

As projeções para a taxa básica de juros (Selic) e para o PIB (Produto Interno Bruto) foram mantidas. A mediana das projeções para a Selic em 2025 é de 14,75%, mesmo cenário definido na última semana. Para 2026, a previsão é de que a taxa atinja 12,5% (é a 15ª semana com a projeção). 

Na última semana, (6 e 7), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reuniu e elevou para 14,75% a Selic. A taxa básica de juros atingiu o maior nível em 20 anos, superando o patamar atingido durante a crise do governo de Dilma Rousseff (PT), que foi de 14,25%.

O Focus da semana ada tinha expectativa de que a taxa de juros tivesse um aumento de 0,5%, o que acabou se confirmado. 

No comunicado, o colegiado do BC não deu pistas sobre os próximos os e falou em flexibilidade e cautela. "O cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação", afirmou.

A estimativa para o PIB se manteve pela terceira semana em 2% para 2025 e 1,7% para 2026. As taxas subiram há três semanas e foram mantidas mais uma vez. 

O Boletim Focus reúne previsões de uma centena de economistas e é divulgado semanalmente pelo Banco Central.

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