DESABOU

Parede de casa interditada desaba no Bairro Primeiro de Maio

Imóveis estão interditados desde fevereiro; moradores culpam Copasa, que nega responsabilidade

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Com as chuvas constantes em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira (16/4), o muro de uma das oito casas interditadas pela Defesa Civil Municipal, na Rua Cesena, Bairro Primeiro de Maio, na Região Norte da capital, caiu. A parede de um quarto do imóvel 3A desabou, e a lateral da casa ficou tomada por entulho.

Em nota, a Defesa Civil informou que realizou uma vistoria nesta quarta-feira (16/4) no imóvel e confirmou o desabamento da parede. O órgão destacou que o local já estava isolado preventivamente por motivos de segurança.

Os oito imóveis localizados na Rua Cesena, números 3 (A, B e C), 6, 31 (A, B e C) e 41, estão interditados desde fevereiro de 2025. A Defesa Civil esteve no local em 20 de março, e novas vistorias identificaram a evolução de trincas e rachaduras, abatimento do asfalto e processo erosivo.

Na ocasião, a sinalização de interdição foi reforçada. Os moradores também foram orientados a acionar o órgão em caso de agravamento da situação. Ao todo, 21 pessoas tiveram que deixar suas casas e foram acolhidas por familiares.

A reportagem do Estado de Minas esteve em contato com os moradores em fevereiro. Segundo relataram, houve um vazamento em canos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em frente às casas. No entanto, após a resolução do problema, rachaduras e buracos começaram a surgir no piso dos imóveis da rua. Preocupados, os moradores acionaram a Copasa, mas foram informados de que a situação não era de responsabilidade da empresa.

 

Moradores apontam vazamento nos canos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em frente às casas como causa

Moradores apontam vazamento nos canos da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em frente às casas como causa

Divulgação/ Redes sociais

A Copasa informou que um laudo pericial independente concluiu que os danos não têm relação com as redes da companhia no local. Segundo a empresa, vistorias na rede de esgoto indicaram funcionamento normal, e inspeções na rede de água mostraram que o vazamento era de baixa pressão e não causou erosão ao redor, sendo insuficiente para provocar danos nos imóveis. Em nota, a Copasa acrescentou que outros aspectos do caso estão sendo discutidos judicialmente.

Em nota, o advogado Leonardo Silva, representante das famílias afetadas declarou:

"É com tristeza e preocupação que observamos a queda de parte do imóvel situado na Rua Cesena, n 03, no bairro Primeiro de Maio, fato que ocasiona riscos iminentes de novos desabamentos e que podem culminar não apenas no agravamento dos prejuízos patrimoniais, mas também, no próprio risco a integridade física das pessoas que residem e transitam pelo local.

E não foi por falta de aviso tudo isso está acontecendo, pois desde 6 de fevereiro,  21 pessoas tiveram que deixar seus lares em face da interdição promovida pela defesa civil, decorrente da ocorrência de severas trincas e abatimentos no solo ocorridos em face da má prestação do serviço de manutenção da rede da Copasa. Para que os moradores afetados pela interdição dos imóveis estivessem seus direitos de moradia garantidos, foi necessário que recorressemos ao Poder Judiciário, e mesmo assim, a COPASA resiste. 

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Além do requerimento deferido em sede de tutela de urgência para que a companhia arcasse com os custos de aluguel dos moradores afetados, também requeremos providências em caráter preventivo, no sentido de que a Copasa promovesse as demolições necessárias para que não houvesse o desabamento que presenciamos, entretanto, tal providência ainda não foi deferida. 

Vale destacar, que os imóveis afetados constituem o único bem conquistado em decorrência do esforço de uma vida inteira de cada família envolvida meta triste ocorrência. Destacamos também, que não seria a primeira vez que esta mesma rua, e basicamente os mesmos imóveis, sofrem com a má prestação do serviço da companhia, posto que, nos anos de 2004, 2012 e 2019, ocorrências semelhantes já aconteceram, porém, em menor proporção. Uma vez mais, alertamos a companhia e ao Governo do Estado, e se não houver a adoção de providências urgentes, algo de muito grave vai acontecer naquela região". 

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