MÚSICA

Dora Morelenbaum e Bruno Berle se unem a Ana Frango Elétrico hoje em BH

Músicos dividem a noite desta sexta-feira (11/4), na Autêntica, com repertório dançante e canções de amor

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A Autêntica recebe um show inédito na noite desta sexta-feira (11/4). Pela primeira vez juntos no mesmo palco, três das vozes mais marcantes da nova cena da música alternativa brasileira – Dora Morelenbaum, Bruno Berle e Ana Frango Elétrico – se unem em um encontro cheio de frescor e experimentação.

A carioca Dora Morelenbaum e o alagoano Bruno Berle se conheceram em 2021, durante a gravação de uma session em Maceió. Desde então, a sintonia entre os dois só cresceu. Nos bastidores dessa parceria está Ana Frango Elétrico, que ganhou projeção nacional em 2023 com o elogiado disco “Me chama de gato que eu sou sua”.

Além de cantora e compositora, Ana também atua como produtora musical e tem contribuído ativamente nos trabalhos de Dora e Bruno. Hoje, ela sobe ao palco para participar dos dois shows. “Bruno é uma pessoa que iro à beça. Ele tem uma voz incrível, daquelas que eu sentia falta na cena”, elogia Dora. O parceiro retribui: “A gente teve uma identificação muito rápida. A Dora me deu muita força. É uma artista maravilhosa.”

Bruno Berle será o primeiro a se apresentar, com show marcado para às 22h30. Ele sobe ao palco acompanhado por uma banda formada por Batata Boy, Nyron Higor e Pedro Lacerda. O músico já adianta o clima da apresentação: “Vou botar o povo para dançar do começo ao fim”, garante.

Radicado em São Paulo desde 2022, Bruno Berle cultiva um carinho especial por Belo Horizonte. “É a minha cidade preferida no Brasil, depois de Maceió, claro”, brinca. No repertório, faixas dos dois volumes do seu disco “No reino dos afetos”. O trabalho mescla indie, lo-fi e R&B com influências do cancioneiro nordestino, que vão do forró ao coco, do maracatu aos cantadores de viola.

“São discos com uma poética muito forte. Falo sobre o universo desse reino que tem céu, mar e muito amor”, define. O show também traz releituras de mestres da música brasileira e músicas inéditas do artista.

Do jazz ao soul

A partir das 23h45, é a vez de Dora Morelenbaum apresentar “Pique”, seu primeiro disco solo, lançado no fim do ano ado. A cantora, que ganhou destaque com o grupo Bala Desejo, traz um trabalho que define como um mergulho na dualidade entre o movimento e o refúgio. Entre as principais referências do álbum, ela cita o jazz e o soul.

Ela ainda rebate comentários sobre o álbum que dizem que o som traz referências da MPB dos anos 1970. “Acho que o meu álbum não tem nada de setentista. Minha ideia foi trazer um frescor maior, uma mistura, mas cada um sente como quiser”, afirma. “São canções na mais tradicional e clássica forma. Daquelas que a gente conhece e ama e canta junto. Acho que, bem ou bem, esse é meu lance. É a matéria que eu gosto de lapidar”, completa.

No repertório, além das faixas de “Pique”, estão músicas do primeiro EP da cantora e compositora “Vento de beirada”, uma versão de um clássico de João Donato, e a releitura de “I don’t know why the hell”, do norte-americano Hirth Martinez. “É uma música que me acompanhou durante o processo de feitura do álbum. É em inglês, mas poderia muito bem ser do Marcos Valle, por exemplo”, observa.

Dora se apresenta acompanhada por Luiz Otávio (teclados), Guilherme Lírio (guitarra), Alberto Continentino (baixo) e Daniel Conceição (bateria). Os dois últimos também faziam parte dos shows com o Bala Desejo, assim como a iluminadora Olivia Munhoz.

O amor é um dos protagonistas nas abordagens líricas de Dora e Bruno, que exploram o sentimento em diferentes nuances. “São músicas de amor em várias situações: tem música de amor pra mãe, pra cidade, pra pessoa que a gente ama nesse sentido mais romântico”, diz Berle.

No caso de Dora, “Pique” traz composições solo e colaborações com nomes como Sophia Chablau, Tom Veloso e Zé Ibarra. “Ao chamar parceiros diferentes pra botar letra e compor comigo, surgiram vários olhares sobre esse amor: mais tradicional, mais romântico, mais desapegado, mais sacana, mais apaixonado, mais fresco... Tem música sobre rejeição também. Gosto de mostrar todos esses lados”, conta.

A cena musical alagoana, aliás, merece atenção especial de quem acompanha a música independente no Brasil. Além dos já citados Bruno Berle, Nyron Higor e Batata Boy, nomes como Ítallo França e João Menezes vêm ajudando a expandir essa efervescente produção local, que, assim como a de Belo Horizonte, vive um momento promissor.

“DORA MORELENBAUM E BRUNO BERLE”

Shows com participação de Ana Frango Elétrico. Nesta sexta-feira (11/4), na Autêntica (Rua Álvares Maciel, 312 - Santa Efigênia). Abertura da casa às 21h. Ingressos à venda no Sympla, R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia).

OUTROS SHOWS

>>> LUEDJI LUNA

Luedji Luna homenageia a cantora britânica-nigeriana Sade, neste sábado (12/4), também na Autêntica (Rua Álvares Maciel, 312 – Santa Efigênia). Fã declarada, Luedji destaca a sofisticação, o canto sedutor e o posicionamento político de Sade, dona dos hits “Smooth operator” e “Your love is king” como inspirações. No espetáculo de 60 minutos de duração, a artista será acompanhada de percussão, metais e backing vocal. A casa abre às 21h e os ingressos estão à venda no Sympla a R$ 240 (inteira) e R$ 120 (meia).

>>> SAMBAY

A Sambay, primeira roda de samba LGBTQIAPN+ do Brasil, acontece pela primeira vez em Belo Horizonte neste sábado (12/4). Sucesso no Rio de Janeiro, onde reúne cerca de mil pessoas a cada edição semanal, a festa chega à LAB (Av. do Contorno, 6.342 – Savassi) a partir das 18h. Rodrigo Drade comanda os vocais com um repertório que vai de Almir Guineto a Liniker, ando por Beth Carvalho, Molejo, Fundo de Quintal e Só Pra Contrariar. Entradas à venda no Ingresse, por R$ 69.

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