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Bebês e idosos lideram internações por doenças respiratórias em Minas

Capital e interior registram alta de hospitalizações entre os extremos da vida; governo decretou emergência e municípios ampliam leitos pediátricos e geriátrico

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Bebês e idosos, dois extremos da vida, estão no centro da crise respiratória que atinge Minas Gerais. De janeiro até o fim de abril, esses dois grupos somaram mais de 17,7 mil internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado, segundo dados do de Síndromes Respiratórias da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), atualizado neste sábado (3/5).

Entre os bebês com até 1 ano de idade, foram 2.587 internações em Minas entre janeiro e abril. Boa parte desses casos envolveu quadros graves de bronquiolite, infecção respiratória comum em recém-nascidos que, em muitos casos, exige e de oxigênio e acompanhamento intensivo. O aumento da demanda por leitos infantis fez com que várias cidades reestruturassem suas redes.

Em Belo Horizonte, onde houve 2.669 hospitalizações por SRAG no total —maior número entre os municípios mineiros—, o mês de abril foi marcado por um salto expressivo nas internações pediátricas. Só na semana de 20 a 26 de abril, 196 bebês deram entrada na rede com necessidade de internação. O número representa quase o triplo do registrado no fim de março, quando foram feitos 69 pedidos.

Com a pressão, a prefeitura ampliou a oferta de leitos infantis: foram criados 20 novos leitos no Hospital Odilon Behrens, na Região Noroeste de BH, e mais dez no Hospital da Baleia, com foco em crianças com sintomas respiratórios. 

Curva que cresce com a idade

Do outro lado da linha etária, os idosos a partir dos 60 anos somaram nada menos que 15.130 internações por doenças respiratórias em Minas só nos quatro primeiros meses do ano. Isso representa mais da metade de todos os casos registrados no estado até agora — 26.786 no total.

A gravidade dos quadros entre os idosos, aliada à alta demanda por internações, fez disparar a ocupação hospitalar também na rede privada. Na Unimed-BH, os atendimentos de urgência a pessoas com mais de 60 anos aumentaram 65% em apenas duas semanas de abril, enquanto as internações cresceram 32%.

No interior, a região Sul de Minas, líder em internações no estado com 4.422 casos, tem nos idosos o grupo mais vulnerável: 66,2% das hospitalizações da região envolvem pessoas com 60 anos ou mais. Pouso Alegre é a cidade com o maior número de internações da região (255), mais da metade só da população idosa.

Já em Montes Claros, no Norte de Minas — terceira cidade com mais internações no estado —, os idosos representam 42,2% dos casos. Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, segunda cidade com mais hospitalizações (1.285), a população idosa também lidera os atendimentos. De acordo com o da SES-MG, 53,8% das internações locais foram nessa faixa etária, seguidos por crianças de 1 a 9 anos (10,9%) e bebês (7,9%).

Doenças respiratórias avançam em Minas

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segunda área com mais casos no estado (4.278 internações), idosos e bebês também puxam a fila nas UPAs e hospitais municipais. Contagem, Betim, Pedro Leopoldo e Santa Luzia já decretaram situação de emergência na última semana.

Em resposta ao avanço dos casos respiratórios, o governo de Minas Gerais também adotou a medida, o que irá permitir a ampliação de leitos, abertura de crédito extraordinário e contratação emergencial de equipes. Neste sábado, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) já publicou edital para contratação emergencial de 110 profissionais para os hospitais de referência da rede estadual na capital.

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Perfil das hospitalizações por doenças respiratórias em Minas:

  • 60 anos ou mais – 15.130 internações (56,4%)

  • Até 1 ano – 2.587 internações (9,7%)

  • 1 a 9 anos – 3.687 internações (13,7%)

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